Translate

quinta-feira, 1 de novembro de 2012



Fazem 495 anos que estamos dentro de uma Reforma Protestante, onde um homem chamado Martinho Lutero não se conformando com as vendas de indulgências pelo senhor Joham Tetzel, fez o que nós gostaríamos de fazer se estivéssemos naquela época, fixou 95 teses  na porta da igreja castelo em Wittenberg, Alemanha, a 31 de Outubro de 1.517. Ele foi contrário a compra da salvação pelas indulgências, pois tinha convicção da salvação comprada por Cristo.
Será que estamos precisando novamente de outra Refora Protestante?



495 anos da Reforma Protestante

31 de outubro de 1517, uma data que marcou para sempre a história do cristianismo e ficou conhecida como “o dia em que a Igreja se dividiu”. Mas outras divisões, por razões teológicas, já haviam acontecido na Igreja Cristã, bem antes do século 16.  Antes desta importante data, somente as lideranças eclesiásticas e os nobres (letrados) tinham acesso às Escrituras Sagradas, todo conteúdo, em Latim. Era muito difícil para um indivíduo comum ter acesso à Palavra, lê-la e interpretá-la.  A Bíblia era algo exclusivo de uma minoria e a fé era usada como instrumento de manipulação.



Muitos cristãos evangélicos (protestantes) e católicos da atualidade não sabem quem foi Martinho Lutero, e muitos daqueles que conhecem sua história acreditam que a reforma iniciada por ele serviu para dividir a Igreja ou que ele tenha tentado criar outra religião (foi exatamente esse discurso que a instituição Igreja usou para perseguir Lutero e seus simpatizantes). A verdade é que Martinho Lutero não tinha nenhuma pretensão de dividir a Igreja Cristã. Ele fazia parte do clero da Igreja Católica e tinha conhecimento de todo o seu poder e influência, política e econômica, e que, há séculos, ela usava a fé das pessoas para o crescimento ou manutenção desse poderio. Ele não se indignou contra a Igreja de Cristo, mas contra a mensagem que as lideranças da Igreja passavam a seus fiéis, baseada em dogmas e costumes que não eram coerentes com a autoridade máxima do cristianismo, a Palavra de Deus (Bíblia). 
Essa indignação de Lutero veio à tona quando ele apresentou as suas 95 teses na catedral de Wittenberg e, após isso, na forma de protestos (daí o termo Protestante ou Protestantismo) espalharam-se por toda a Europa cristã. Lutero queria mudar a conduta da Igreja, fazer com que a principal fonte de inspiração para as suas práticas fossem os Evangelhos, mas, infelizmente, a Igreja milenar estava perdida em si mesma e jamais poderia tolerar teorias contrárias aos seus dogmas, ainda que fossem puramente bíblicos.
Lutero defendia, através de suas teses, que a “salvação é pela graça e pela fé” e que não se poderia obter o favor de Deus através da compra de indulgências ou de penitências. Nos primeiros anos, após a publicação das teses, Lutero foi duramente perseguido por lideranças religiosas e políticas. Em 1521, foi excomungado da Igreja e considerado um “fora da lei” pelo imperador do Sacro Império Romano. Mesmo em meio a tantas dificuldades, Lutero traduziu a Bíblia do Latim para o Alemão e mudou para sempre o cotidiano da sociedade na qual viveu. A partir daí a Bíblia seria traduzida para outros idiomas.
Martinho Lutero foi perseguido pela própria igreja à qual serviu e se dedicou por anos. Certamente sentiu medo da morte e da rejeição da sociedade, mas se negou a abrir mão daquilo que considerava fundamental à saúde espiritual da Igreja e à expansão do Evangelho no mundo, assim como milhares de cristãos perseguidos no mundo atual.
Que esse mesmo amor e fé, baseados na Palavra, que impulsionaram Lutero no passado e ainda hoje motivem cristãos do mundo inteiro a resistir à perseguição; que sejam o nosso combustível e incentivo para sermos verdadeiros cristãos.

Redação: Marcelo Peixoto